Idealismo
Corrente de pensamento que coloca a
subjetividade como prova do conhecimento, reconhecendo a existĂȘncia dos nossos
pensamentos, das emoçÔes e defendendo que a matéria só existe quando for considerada
pelo pensamento humano.
Sua
origem se deu a partir da revolução filosófica iniciada por Descartes,
mas Ă© nos pensadores alemĂŁes que o Idealismo estĂĄ em geral associado,
desde Kant até Hegel. Muitos acreditam que a teoria das
ideias de PlatĂŁo foi
historicamente a primeira com teor de idealismo, em que afirmava que o mundo
que vemos Ă© apenas uma extensĂŁo imperfeita do mundo das ideias.
Na filosofia idealista, a verdade bĂĄsica Ă©
que Eu sou Eu, no sentido de que o Eu Ă© objeto para o sujeito (Eu), que incide no
interior do prĂłprio eu. Existindo trĂȘs sentidos de pensar, o Sentido OntolĂłgico,
o Sentido GnosiolĂłgico e o Sentido PrĂĄtico.
O Sentido OntolĂłgico defende a realidade, em
sua natureza, como essencialmente espiritual, e a matéria apenas uma ilusão
inacabada da matriz perfeita, que se constitui de formas ideais inteligĂveis. A
filosofia de PlatĂŁo estĂĄ inserida no ideal ontolĂłgico.
O Sentido GnosiolĂłgico, o objeto Ă©
compreendido pelo ser humano devido Ă s diferenças entre os indivĂduos, o que
faz com que cada um compreenda a realidade de uma maneira. O mundo material Ă© carente
de autonomia, estando sempre dependente de ideias subjetivas para ser interpretado.
O kantianismo Ă© um exemplo.
O Sentido Pråtico trata de uma demonstração de
ideias de conduta como um guia para o agir humano no mundo. EntĂŁo, mesmo que
seja impossĂvel uma verificação empĂrica dos ideais, o idealismo propĂ”e um
sentido de ação. à o caso da ética kantiana, exemplo mais notåvel do
idealismo de sentido prĂĄtico.
RamificaçÔes do Idealismo
Idealismo absoluto: Conectado com a filosofia
hegeliana, a doutrina absolutista afirma que a Ășnica realidade existente Ă© a
espiritual. O entendimento materialista Ă© pobre, assim necessĂĄrio um
desenvolvimento gradativo da consciĂȘncia humana para conhecer o mundo
verdadeiro.
Idealismo dogmĂĄtico: O mundo exterior Ă
subjetividade humana Ă© inexistente.
Idealismo imaterialista: Berkeley utiliza o
empirismo para definir a realidade como uma mistura do que se percebe com o que Ă©
de fato. Para ele, os objetos que observamos sĂŁo apenas ideias compartilhadas
pelos humanos e Deus.
Idealismo transcendental: Doutrina kantiana
afirma que o mundo exterior Ă mente humana Ă© imperceptĂvel porque a
subjetividade deforma seu sentido natural. Ou seja, elas nĂŁo aparecem para nĂłs
como coisas em si, mas como representaçÔes imperfeitas criadas pela
subjetividade da mente.
Escrito por Luisa M.
1 comentĂĄrios
Muito bom! Encontrei essa frase de Rodrigo Silva Ferreira, acho que encaixa perfeitamente com o seu post.
ResponderExcluir"O idealismo tem elementos em comum com o preconceito, ou seja, sempre pensar no ideal. Mas na sociedade humana não deveria existir 'o ideal', pois todos nós somos diferentes e isso faz a evolução da sociedade ser maior. O ideal, então, é a mistura das diferenças" - Rodrigo Silva Ferreira. s.m. (1833 RevPhil 62)