Materialismo
Corrente de pensamento que afirma a preferência da matéria,
ou seja, explica os fenômenos da existência a partir das grandezas concretas,
materiais: a natureza e a experiência. Por conta disso, o materialismo e o
idealismo se opõem, uma vez que esse tem como elemento primordial a ideia, o
pensamento e o espírito.
A tradição materialista da filosofia ocidental começou com
Demócrito no século V a.C. Ele afirmou que tudo que existia era composto por
átomos (partículas invisíveis) e que esses átomos se juntam ou se separam de
acordo com o seu formato. Sua teoria explicou que as mudanças nas coisas era
consequência das mudanças na configuração dos átomos, assim como a diversidade
deles (forma, dimensão e ordem) era o fator dos diferentes fenômenos da
natureza.
Tales de Mileto e outros filósofos pré-socráticos já no
século VI a.C argumentavam que a filosofia devia explicar os fenômenos através
da observação da realidade e não dos mitos religiosos. Para eles tudo o que
acontecia na natureza consistia em transformações do mesmo princípio material,
sem intervenções divinas. Quatro elementos substanciais foram apontados por
Empédocles, e são eles: ar, água, fogo e ar.
No resumo que fez do conhecimento da época, Aristóteles
pretendeu conciliar as vertentes materialista e idealista da filosofia grega.
Isso foi usado como instrumento de defesa da fé cristã, que estava abalada no
final da Idade Média por conta de diversos fatores, como o Renascimento.
E foi com ele, com o Renascimento, que posteriormente a
Idade Média e junto com a evolução das ciências naturais e técnicas, o
antropocentrismo e o heliocentrismo o materialismo ganhou força novamente. Um
defensor do materialismo de grande influência foi o filósofo inglês Thomas
Hobbes. Ele dizia que todos os fenômenos se compunham exclusivamente de
partículas materiais, até mesmo a consciência ou a alma humana teria sua origem
no movimento de minúsculas partículas cerebrais.
Materialismo
dialético
Tem como proposta a disputa sem ser baseada em
coletividade, mas sim em indivíduos e seus interesses. O
materialismo dialético pode ser definido como a filosofia do materialismo
histórico, doutrina de Karl Marx que tem como objeto as transformações
econômicas e sócias, determinadas pela evolução dos meio de produção.
Os princípios
fundamentais do materialismo dialético são quatro:
1- A história da filosofia, que aparece como uma sucessão de
doutrinas filosóficas contraditórias, dissimula um processo em que se enfrentam
o princípio idealista e o princípio materialista;
2- O ser determina a consciência e não inversamente;
3- Toda a matéria é essencialmente dialética, e o contrário da
dialética é a metafísica;
4- A dialética é o estudo da contradição na essência mesma das
coisas.
Escrito por Mariana
3 comentários
Acredito que o essencial para a vida seria haver um equilíbrio entre as visões idealistas e materialistas em nós.
ResponderExcluirOdara
Interessante observar que o materialismo é utilizado até hoje, tendo grande importância na história humana em decorrência da promoção de estudos para comprovar uma ideia, o que culminou com uma ampliação do conhecimento e a criação do método científico.
ResponderExcluirMuito completa sua abordagem! O mais legal é que o materialismo é uma constante que não se restringe apenas ao barroco, e sim, que atravessa toda a história da filosofia!
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