René Descartes, racionalista francês do século
XVII. Nasceu em La Haye, próximo de Paris. Seu
pai, Joachim Descartes, foi advogado e juiz. Perdeu a mãe quando tinha um ano,
e foi criado pela avó. Seu pai se casou novamente e chamava o filho de
"pequeno filósofo".
Para
Descartes a filosofia seria como uma árvore, na qual a metafÃsica forma a raiz,
a fÃsica o tronco e as diversas ciências os galhos, sendo que o mais alto grau
de sabedoria estaria na moral, que pressupõem conhecimento das diversas
ciências, sendo as principais a ética, a mecânica e a medicina.
Em 1629
começou a trabalhar em "Tratado do Mundo", uma obra de fÃsica. Mas em
1633, quando Galileu foi condenado pela igreja católica, Descartes não quis
publicá-lo.
O “Discurso sobre o Método”, foi considerada
a primeira obra da filosofia moderna, produziu
uma revolução na filosofia e ciência. Descartes procurou encontrar um
conjunto de princÃpios que pudessem ser conhecidos sem qualquer dúvida. Para
investigar tal possibilidade, fez análises por meio de um método próprio
conhecido como "dúvida hiperbólica", ou "dúvida metafÃsica”,
mais conhecida como "ceticismo metodológico", que vale rejeitar
qualquer ideia da qual se possa duvidar, para então, após análise, restabelecer
ou reconstruir estas ideias de modo a criar uma base sólida para o conhecimento.
Concluiu,
assim, com a sua famosa frase “penso, logo existo”, que ao eliminar tudo de que
se podia duvidar chegou a concluir que a dúvida era evidência da existência do
sujeito. Aceitando que, o pensamento existe e, logo, os indivÃduos pensantes
existem, uma vez que o pensamento não existe separado daquele que pensa.
Descartes se baseia
no raciocÃnio dedutivo, guiado pela razão, que nega a percepção como fonte
primaria do conhecimento, opondo-se fortemente aos filósofos do Empirismo, como
John Locke e David Hume.
Na ética,
Descartes defende que a virtude consiste no raciocÃnio adequado, que deveria
guiar nossas ações, sendo que a condição mental, e o conhecimento em geral
possuem ambos grande influencia neste processo, motivo pelo qual aconselhou ainda
que um estudo completo da moral deveria incluir o estudo do corpo.
Escrito por Luisa M.